Muitos não têm conhecimento, mas C.S. Lewis foi muito mais do que o cronista de Nárnia pelo qual é lembrado. O escritor inglês do século XX foi, além de um grande escritor ficcional, um grande apologeta cristão, produzindo um trabalho que serve até hoje como centro de debate e de aprofundamento da fé cristã. Em seu livro, “A Abolição do Homem”, Lewis faz uma crítica ferrenha à dúvida da moralidade e aos valores universais, expondo as consequências extraordinariamente perturbadoras, no qual a sociedade, em sua busca pela “conquista final do Homem”, acaba, por fim, abolindo tudo que faz o homem ser humano:
“Uma das questões que se impõe a eles¹ é se esse sentimento de posteridade (eles sabem muito bem como ele é produzido) deve ser perpetuado ou não. Por mais que eles possam retroceder, ou tatear, não acharão um chão no qual firmar os pés. Em tudo que eles tentarem agir, imediatamente se tornará um petitio. Não é que eles sejam homens maus. Eles sequer são humanos. Dando um passo para fora do Tao², adentraram o vazio. Isso também não quer dizer que os seus súditos sejam pessoas necessariamente infelizes. Eles não são sequer seres humanos; são artefatos. A conquista final do Homem revelou-se a abolição do Homem."
1. “Eles” se refere ao que Lewis chama de “Manipuladores”: aqueles que estão em busca da conquista final da Natureza Humana (e, por consequência, a manipulação total da moral e do significado de humanidade).
2. “Tao” é a forma como Lewis se refere ao valor objetivo que muitas culturas manifestam, ou seja, à “doutrina do valor objetivo, a convicção de que certas atitudes são realmente verdadeiras, e outras realmente falsas”.
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