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Piratini Monarquista

Moralidade e a Existência de Deus


Afresco "A Criação de Adão", de Michelangelo

A Criação de Adão, de Michangelo Buonarotti.

Muitos ateus têm “colocado em xeque” o comportamento dos cristãos como sendo algo secundário à necessidade de crença: muitas pessoas não-crentes fazem coisas boas, enquanto que alguns crentes não o fazem e, portanto, isso comprova que “para ser bom não é necessário acreditar em Deus”. No entanto, isso é uma falácia pois a falta de uma referência máxima e objetiva implica a desobrigação total de qualquer dever ou lei. Então, por que algo deve ser considerado certo e errado, e por que isso intrinsicamente ligado à existência de Deus?

Peguemos, então, essa “refutação” mais básica: qualquer pessoa pode ser boa sem acreditar em Deus. Realmente, não é impossível que alguém possa ser bom sem, necessariamente, crer em Deus: alguém pode ser caridoso ou ter um sentimento mais abnegado para com seus semelhantes (embora isso acarreta em uma espécie de sorteio cósmico: o indivíduo aleatoriamente “acertou” em escolher os princípios morais que são compatíveis com os do Criador). O problema está justamente nesta pergunta: qual o fundamento para ser bom sem Deus?

Segundo o argumento moral explicado por William Lane Craig, se não há Deus, não há valores morais objetivos que norteiem nossas ações. Um exemplo que explique isso seria o estupro: mesmo que tenhamos valores subjetivos em alguns aspectos, todos concordam que o estupro é algo degradante e desaprovável como ação válida de fundamento moral. Mas como isso seria desaprovado sem uma premissa moral que condene a ação? Sem um ponto de referência, não podemos dizer se algo está em cima ou embaixo pois, assim, todos os pontos de vista seriam igualmente válidos, mas igualmente inúteis para se encontrar uma resposta final e objetiva.

Então, o que pode dar o parâmetro de justiça, amor, paz, verdade etc? Deus! Através da natureza de Deus é que podemos ter o padrão de comportamento necessário à realização e propósito dos bons atos e a condenação de seus opostos. Deus manifestou sua natureza moral através das ordens e mandamentos que vemos nas Escrituras Bíblicas. Assim, se existe um bem objetivo, por consequência existe um mal objetivo também. O ateísmo prega a aleatoriedade dos eventos, mas isso implica aceitar a falta de dever ou compromisso para com qualquer outro ser humano, pois sem Deus não se pode dever nada a ninguém. No entanto, a existência objetiva moral é comprovada através da experiência moral, bem como ocorre com a experiência sensorial ou existencial (“penso, logo existo!”). A nossa experiência moral para com os mais diversos acontecimentos comprovam que “valores morais são objetivamente reais”, pois toda vez, por exemplo, que você se depara com algo injusto, você afirma sua crença numa moral objetiva.

Portanto, em teoria, tendo a natureza do Senhor como máxima, nosso filtro moral estaria perfeitamente balanceado e funcional, tendo a certeza de que o que fazemos é justo, afinal, a falta d’Ele gera apenas a subjetividade dos atos. Parafraseando Dostoiésvki, “se Deus não existe, então tudo é permitido”. Então, o argumento moral a favor da existência de Deus se define da seguinte forma:

- Se Deus não existe, valores e deveres morais objetivos não existem; - Mas, valores e deveres morais objetivos existem; - Portanto, Deus existe.

O ateísmo jamais poderá fornecer a base que explique nossas experiências e realidade morais que cada um percebe. Somente com Deus é que fundamentos morais são objetivamente reais e com propósitos.

Para entender melhor, assista o vídeo produzido pela organização de William Lane Craig, Reasonable Faith:

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