Imagem: Wikimedia Commons
Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho é paulistano, formado em medicina pela Universidade de Taubaté, pós-graduado em anestesiologia no Hospital do Servidor Público de São Paulo, e político desde os anos 1970. Ele é um dos fundadores da Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB, e atualmente é candidato à presidência da República pelo PSDB, PTB, PR, DEM, SOLIDARIEDADE, PPS, PRB e PSD.
Plano de Governo
Geraldo Alckmin divide seu plano de governo em 3 grandes partes:
- O Brasil da Indignação
- O Brasil da Solidariedade
- O Brasil da Esperança
Esses pontos são explanados em dois documentos, um resumido e outro mais completo. De maneira bem simples, iremos resumir ao leitor os seus pontos em cada divisão do plano, e a seguir, seus comentários.
O BRASIL DA INDIGNAÇÃO
Tolerância zero com a corrupção
Promover a reforma política e o voto distrital
Reduzindo o número de ministérios e cargos públicos e cortar despesas do Estado, bem como mordomias e privilégios
Criar mecanismos de transparência
Garantir a segurança jurídica por meio da desburocratização de processos, simplificação de regras e despolitização de agências reguladoras
Criar e desenvolver o ‘Projeto Cidadão’, baseada na redução de documentos e no valor à idoneidade do cidadão e do combate à fraudes
Descentralizar o poder e dar mais autonomia para estados e municípios
Eliminar o déficit público em dois anos
Privatizar empresas estatais
Simplificação do sistema tributário e introdução do Imposto sobre Valor Agregado (IVA)
Reduzir o número de homicídios para, pelo menos, 20/100 mil habitantes
Criar uma Guarda Nacional
Revisão da Lei de Execução Penal
O BRASIL DA SOLIDARIEDADE
Promover a integração de programas sociais
Investiremos na educação básica, tendo como meta crescer 50 pontos em 8 anos no PISA (exame internacional de avaliação do ensino médio)
Incrementar o programa Bolsa Família
Criação de um programa de credenciamento de ambulatórios e hospitais “amigos do idoso”
Fomentar ações voltadas à prevenção da gravidez precoce
Atuar na prevenção primária e secundária ao crime nas áreas mais violentas do país
Estabelecer um pacto nacional para a redução de violência contra idosos, mulheres e LGBTI
Adoção de políticas afirmativas para as populações negra e indígena
Zelo pelo cumprimento dos dispositivos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência e promover sua regulamentação
Alfabetização plena das crianças até 2027
O BRASIL DA ESPERANÇA
Priorizar políticas que permitam às regiões Norte e Nordeste desenvolvimento pleno de suas potencialidades em áreas como energias renováveis, turismo, indústria, etc.
Fazer com que o comércio exterior represente 50% do PIB
Prioridade aos investimentos em infraestrutura, em parceria com a iniciativa privada
Fortalecer o ensino técnico e tecnológico
Estimular as parcerias entre universidades, empresas e empreendedores para transformar a pesquisa, a ciência a tecnologia e o conhecimento aplicado, em vetores do aumento de produtividade e da competitividade do Brasil
Promover o desenvolvimento da indústria 4.0, da economia criativa e da indústria do conhecimento
Modificação do Plano Safra
Defesa vigorosa dos valores como a democracia e os direitos humanos, em especial na América do Sul. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), servirão como referências no relacionamento externo brasileiro.
Reconhecer as diversas manifestações da cultura brasileira em seu valor intrínseco, como ferramenta de projeção do Brasil e como parte da política de desenvolvimento econômico
Comentários:
O PSDB que estava tendo um período conturbado nos últimos tempos, graças a Lava-Jato, agora se ergue em uma tentativa de conseguir a presidência da República. Seu plano de governo pode ter todos os encantos destinados a sociedade como a diminuição dos impostos, a criação de empregos e toda aquela conversa de sempre. Se no passado as pessoas não tinham acesso a informações sobre os socialdemocratas, agora elas possuem. Não se engane, o PSDB já nos entregou, no pequeno espaço de tempo em que governou, a sua faceta comunista. Afinal, a socialdemocracia nada mais é do que uma maneira mais lenta de espalhar a praga vermelha.
Se você acha que estou exagerando, na verdade isso é simplesmente o estado de indignação da minha parte para com a situação em que o país se encontra. Por anos o PSDB vem falando aos quatro cantos do Brasil (assim como outros partidos) que possui a solução para tudo e que será feito da melhor maneira se o povo votar nos mesmos. A verdade é que a maior parte de seus planos de governo, e isso vale para outros partidos, podem ser divididos em duas partes: as boas propostas que são incluídas para mostrar ao povo o grande futuro do Brasil, mas que na sua grande maioria envolvem a descentralização de poder (não agradável aos olhos da esquerda, mas funciona para captar votos); e as propostas que, de forma explicita ou não, nos mostram o real posicionamento do partido. Essa tática, que não teria efeito nenhum se as pessoas procurassem saber mais sobre o que acontece no país, trouxe para a população o corte da foice e a pressão do martelo por anos.
Alguns pontos a destacar:
- Alckmin não cita o apoio a Lava Jato em seu plano de governo enquanto que outros candidatos o fazem.
- O candidato apoia a Base Nacional Comum Curricular (pág.57). Se você não sabe o que é isso, mas se preocupa com a educação da nação, peço que busque se informar mais sobre o assunto. Esse item é um dos pontos “vermelhos” da questão. Nela está inclusa a reincorporação da agenda de gênero na educação básica e a centralização da educação brasileira segundo a vontade do governo federal, tirando assim a liberdade dos municípios.
- Na saúde temos o fortalecimento do SUS (pág.60), o que era de se esperar dos tucanos. Essa é mais uma daquelas vezes em que nos perguntemos de onde vai vir o dinheiro para pagar tudo isso, já que estamos em uma situação crítica no momento e de que o SUS depende do dinheiro público para cumprir a demanda.
- Nas questões de segurança pública, os primeiros pontos apresentados são o combate ao crime relacionado ao “gênero” e ao racismo (pág.63). Quando esse pessoal vai aprender que isso é indiferente? Que a maior parte dos crimes cometidos em relação a homossexuais, travestis, etc; são cometidos por seus parceiros. A proteção deve ser para o brasileiro, independente de qual for sua opção sexual ou se ele possui mais ou menos melanina no corpo. É esse tipo de ideia que divide a nação em favor dos planos da esquerda. Alckmin também comenta em buscar ajuda da ONU no combate a violência (pág.65). Todos sabemos que a posição da ONU tem sido a de tomar parte do lado do marginal, logo, não podemos esperar nada de bom vindo dessa parceria. O candidato não comenta nada sobre o amparo jurídico que o agente terá quando tiver que tomar alguma decisão envolvendo a defesa da vida dele e do cidadão de bem para com a vida do marginal. Para complementar, o candidato reforça a necessidade da audiência de custódia (pág. 85), aquela que busca entrevistar o marginal para saber se ele foi bem tradado durante a prisão.
- Quanto a política internacional, o PSDB procurará “Defender vigorosamente a democracia e os direitos humanos, em especial na América do Sul. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) servirão como referências no relacionamento externo brasileiro.”. Novamente a agenda 2030 da ONU volta a aparecer entre os presidenciáveis (pág.69). Em seu plano de governo, Alckmin fala sobre a questão da Venezuela como algo a ser reavaliado (pág.69). Em uma entrevista a um órgão de comunicação, o candidato diz que descarta qualquer intervenção militar no país. Não esperávamos nada diferente. Enquanto isso, mais e mais imigrantes chegam ao Brasil esperando uma vida diferente da que o comunismo lhes deu. A realidade não mudou muito para eles. A Venezuela tem sido apoiada pelos partidos de esquerda e renegada, pelo menos em comentários, pela população que apoia tais partidos. É uma questão delicada e complexa? Não. O próximo presidente tem duas escolhas. Ou busca, com a ajuda do apoio internacional, restabelecer a democracia e a nação ao seu povo e isso significa derrubar o ditador Maduro, ou deixar que a situação continue a provocar conflitos dentro o Brasil e mais gastos para o mesmo, além de compactuar com as ações do regime autoritário venezuelano que já matou muitas pessoas.
- A página 89 nos dá uma boa amostra da política de direitos humanos do PSDB. De maneira indireta poderemos ver a mão do estado forçando cotas e a “inclusão” da diversidade. Também poderemos ver o politicamente correto atacando novamente nas páginas 92 e 93. Nesta última temos uma citação sobre a Lei da Migração. Se você, caro leitor, não possui muito conhecimento sobre ela eu peço que busque saber mais o quanto antes. Essa lei destruirá a soberania nacional, deixando as fronteiras abertas para praticamente qualquer um. É uma lei que vem desde o governo Dilma e não é exclusiva do PSDB ou PT, mas é defendida por ambos. Com isso, até assassinos, procurados e todo o tipo de pessoa poderão entrar no país sem serem presos imediatamente, tendo de responder a justiça em liberdade. Parece absurdo não é mesmo?
- Como dizem, o demônio está nos detalhes. Na página 94, Alckmin nos apresenta o plano para a cultura. O terceiro item das diretrizes fala no investimento ainda maior no Fundo Nacional de Cultura (FNC). Você conhece esse fundo? Talvez você conheça por outro nome: Lei Rouanet. Sim, aquele fundo usado para bancar artistas e produções para o apoio do processo de imbecilização do povo brasileiro e da transformação marxista da cultura.
Para encerrar eu lhe pergunto. A estratégia das tesouras é uma farsa? Ou nós acabamos vendo como o PSDB e PT são extremamente semelhantes?
Referências: